sábado, 20 de dezembro de 2014

Cabrito Santo

Vou brincar de ser Deus,
E machucar o teu amor,
Vou fingindo não ter nada,
Escondendo minha dor.

Irmãos vão dar as mãos
E orar sem fé é em vão
Vamos nos divertir e aprontar
Mas em Deus acreditar,
Pois assim não existe pecado sem perdão,
Choro sem remissão!

Abrirei minha boca, falarei e falarei
Depois me esqueço do que falei
Voltarei atrás para me relembrar,
Brincar e saciar, porque não pecar?

Depois me purificarei e começarei a me santificar,
Não é hipocrisia e sim meu lar.
Comodismo alguns podem até o chamar,
Mas se falarem algo vai logo me incomodar.

E assim vou vivendo almejando o Céu,
Querendo ver anjos em volta de um trono que ali está.
Mas vivo como um cabrito abatido,
Sabendo que o inferno é meu lugar.

Quem sabe deixarei de ser Deus um pouquinho,
Mas com Ele começarei andar e ser amigo,
Não serei mais hipócrita e nem pecador,
Mas para o céu eu possa ir com amor!

E tu, que possas pensar no que estás fazendo,
Deixe de ser morno e saciador,
Olhe o que estás sendo,
Ou no final só restará dor!

Manoel (Akatsuki) Fernandes

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