segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

O Homem e O Vale


Havia sempre perto de onde eu morava um vale
Onde teria que atravessar uma floresta com árvores de cipó
Para chegar a duas montanhas altas e belas
Cujo nas pontas tinham roseiras avermelhadas,
Descendo mais havia uma área plana
Ótima para se percorrer como quiser,
Mais em baixo um pequeno rio, escondido
Tem que saber como achar a água que ali está.




Muitos homens “aventureiros” disseram que como aquele vale
Existem vários por ai, 
E que uma vez que se prova daquela água, sempre desejará mais
Mesmo sendo salgada.
Não importa o sacrifício a se fazer
Buscará sacia-se naquela água.
Ah quem diga que até daquelas roseiras avermelhadas
No pico das montanhas,
Dá uma sensação excitante ao corpo
Para os que sentem seu perfume,
E beijam suas pétalas!





Mas desde menino sei que sou coxo,
Nunca tive e nem terei capacidade de subir
E saciar-me das belezas do vale
De suas majestosas curvas e declínios
De seus picos rosados, áreas planas e águas salgadas.
Devo apenas admirar sua beleza,
Sentar sozinho na porta de casa,
Acompanhado pela solidão,
Esperando algum milagre acontecer
E dessas águas eu hei de beber!


Manoel (Akatsuki) Fernandes

Nenhum comentário:

Postar um comentário